quinta-feira, junho 01, 2006

Quid est Veritas?

Em sua primeira epístola aos Coríntios, o Apóstolo Paulo explica que a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus (3,19). Corinto era uma importante cidade grega em 50 d.C., poucos séculos depois de Platão e Aristóteles lançarem o facho de luz que pavimentou a linha da história ocidental. Estaria o Apóstolo sepultando a possibilidade de o homem chegar à verdade definitiva através do exercício de sua razão? Pôncio Pilatos já havia amaldiçoado a indagação ontológica “o que é a verdade?”, provavelmente enquanto observava suas próprias mãos. Hoje nos restam o advento do niilismo e a massificação da ignorância. Mesmo que o mistério não se converta em um enigma, caminhar em sua direção será eternamente o mais violento fluxo no sentido do bom, do belo e da virtude humana.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gabriel,

Adorei o espaço! Oxalá esse seu movimento possa interferir na inércia intelectual generalizada que nos assola.
A propósito do texto "Quid est Veritas", lembrei-me de Mário Quintana, saudoso gaúcho de Porto Alegre: "Se as coisas são inatingíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!"

Beijos

Ursula

Gabriel Filártiga disse...

Estrelas que brilham em nossos olhos, não é?

Bem-vinda Ursula! E volte sempre!

Beijo,

Gabriel.