domingo, março 04, 2007

Vendo meu voto por segurança pública

Somos responsáveis pela legitimidade concedida ao Estado, por meio do processo democrático, para o uso do monopólio da violência. Em palavras menos sociológicas, elegemos governos para sermos protegidos de nós mesmos. Portanto, a segurança dos cidadãos deve ser sempre matéria prioritária, tanto na elaboração das leis quanto na alocação dos recursos necessários para que elas sejam cumpridas.

Para combater a violência é preciso extirpar a impunidade de nossa sociedade, impetuosamente. Concordamos com isso, é lugar comum. Mas quando nos atinamos da etimologia de “impunidade”, e entendemos que será necessário punir o criminoso severamente, como se faz no primeiro mundo, caímos na relatividade da reabilitação, da ressocialização, do debate sobre direitos, inclusão social e toda aquela cantilena do mundo medíocre em retrocesso. O Riobodycount (inspirado no Iraqbodycount) publica hoje a marca de 271 mortos e 150 feridos, desde 1º de fevereiro de 2007. Mais uma idéia interessante que não consegue deixar de se corromper requerendo “inclusão social”.

O Governador Sérgio Cabral me surpreendeu positivamente com a proposta federalista sobre a legislação. Vendo meu voto por uma proposta ultra-federalista, com polícia unificada estadual. Não tenho dúvidas de que teríamos melhores serviços por menos impostos.

E eu também acho isso e isso.

4 comentários:

Anônimo disse...

Só posso dizer que é isso aí, que assino embaixo, que não tenho acréscimos nem ressalvas a fazer etc.

Ou o ultra-federalismo ou continuaremos disputando com o Oriente Médio um título que só interessa aos papa-defuntos.

Gabriel Filártiga disse...

Fala Christian,
acabei de passar pelo seu blog, e fiquei com uma baita vontade de ouvir Bach.
Abraço,
Gabriel.

Anônimo disse...

Essa era a idéia. =)

E obrigado pelo link.

Abraço!

Anônimo disse...

Querido Filártiga,

gostaria de ver essa discussão de fora, como um cidadão que saiu da cidade grande para vir morar numa cidade pacata e em desenvolvimento, como Macaé. Mas a realidade, aqui, meu caro, tá bem diferente da de 5 anos atrás.

Macaé é uma das cidades (per capita) mais violentas do país e teve repercussão até no Fantástico desse Domingo.

O Prefeito já pediu a presença das forças nacionais aqui no município. É só entrar nos noticiários locais (www.odebateon.com.br) e ver com seus próprios olhos.

Será esse o preço do desenvolvimento de uma cidade que não está preparada para crescer dessa forma?

Grande abraço,

Alexandre Marçal