terça-feira, novembro 28, 2006

Corrente Literária

Marcos Matamoros tem um sobrenome e tanto. Além do mais, ele me passou um desafio que recebeu de outro amigo, provavelmente porque acha que sou mais literato do que realmente sou. Portanto, eis três escritores que desisti de ler:

Senhora, de José de Alencar, foi o livro do qual desisti mais rápido. Até porque, por ser fino, qualquer suspiro seguido de determinação concluiria o trabalho. Apesar de ter sido uma decisão jovem e imatura, a trilogia indianista ainda não tem a menor chance comigo.

Umberto Eco também não me agradou. Me pareceu perdido entre arte e filosofia, literatura e semiótica. Abandonei os Seis passeios pelos bosques da ficção na primeira curva. O Nome da Rosa ficou pela metade. E o que é pior: gostei do filme.

O terceiro não faz prosa. Eu até li A Era dos extremos, o breve século XX, do Eric Hobsbawm, mas os outros séculos ficarão para trás mesmo. Já até escrevi sobre meus motivos aqui.

Valeu Matamoros?

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando eu ainda tinha cabelos pretos (na barba, é claro) eu lia muita ficção. Agora, com os cabelos ralíssimos e brancos (na cabeça, é lógico) eu não leio quase nada deste gênero literário.

Citarei três autores (peço desculpas aos fãs deles):
- Guimarães Rosa (a despeito de ser um autor e tanto, é assaz hermético quanto ao uso das palavras),
- Paulo Coelho (é o escritor brasileiro contemporâneo mais conhecido no mundo. É, porém, muito esotérico).
- José Sarney (intelectual, ex-presidente da República, membro da Academia Brasileira de Letras. A minha opinião é que os seus romances ficam restritos à literatura maranhense, aliás, de grande valor).

Marcos Matamoros disse...

Gabriel,
O José de Alencar pertence à categoria dos escritores que eu não li e não gostei. A leitura de trechos de suas obras no colegial (eu me recuso a dizer segundo grau ou ensino médio) foi suficiente para perceber que havia o risco de morrer de tédio no meio do livro.
O Umberto Eco é um cronista muito divertido. Eu li Il secondo diario minimo, um livro de crônicas e textos divertidos que ele publicou na imprensa italiana. Há coisas muito engraçadas. Eu nunca li seus romances, embora tenha vontade de ler O nome da rosa. Quando eu estava na faculdade, eu li uns trechos de Apocalípticos e integrados, muito chato. O pior é que eu estava no primeiro ano do curso e, empolgado, comprei o livro. Bobagem de calouro.
Quanto ao Hobsbawm, li umas 150 páginas da Era das revoluções, eu acho. Muito chato. A única coisa de que me lembro é que ele diz que o ser humano era bem mais baixo naquela época. Se eu não me engano, ele diz num trecho que a altura média do exército de um país que eu não lembro qual era de menos de um metro e meio. Veja como aproveitei a leitura :). Mas eu ainda lerei a Era dos extremos Um abraço,
Marcos

Gabriel Filártiga disse...

Sérgio, eu sentiria falta do seu comentário nesse tema. Obrigado.

Marcos, vou dar nova chance ao Umberto Eco. E obrigado pelo meme. Fui clicando através da corrente e descobri blogs interessantes. Acho que a idéia é essa, não é mesmo?

Abraços,

Gabriel.