domingo, outubro 29, 2006

Três fundamentos da legitimidade

Existem em princípio três fundamentos da legitimidade, ou três formas de dominação política. A dominação carismática, exercida pelo demagogo, isenta de respaldo racional, com base na fé e na mitificação. A dominação legalista, fundada em regras estabelecidas a partir de um estatuto legal e de uma competência positiva, conforme vivemos no Estado contemporâneo. E a dominação tradicionalista, dos patriarcas, monarcas e senhores de terras, baseada nos hábitos, costumes e na autoridade da herança. Isto é Max Weber (Alemanha, 1864-1920), A Política como Vocação.

Lula é detentor de um impressionante domínio carismático, que sobrepuja as instituições, estabelecendo-se em uma relação direta com a população. Ele pode reiterar seu domínio político em razão da legalidade, através do pleito eleitoral. Espero que a liderança por tradição esteja fora de seu alcance, mesmo que na América Latina tudo pareça ser possível.

Aparentemente, Lula tem legitimidade com mais de 50% de aprovação do seu governo e, sobretudo, com a maioria dos votos. John Locke e eu questionaremos este raciocínio no próximo post, com uma “estranha doutrina”.

3 comentários:

Marco Aurélio disse...

Gabriel

Acredito que Lula vencerá com uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre o Alckmin. Esta foi uma das piores eleições que presenciei. Ainda bem que acabou. Foram campanhas em que mentiras e corrupção foram quase legitimadas por ambos, PT e PSDB. Tem horas que dá vontade de fazer o que disse no final de minha postagem de hoje!

Um abraço

Marco Aurélio

Marcos Matamoros disse...

Eu fiquei curioso para ler o próximo post. Não demore a escrevê-lo
Um abraço,
Marcos

Gabriel Filártiga disse...

Oi Marco Aurélio, já está na estrada? Abraço, e seja bem-vindo.

Matamoros, sua curiosidade me fez escrever o post com mais cuidado. Gostou? Um Abraço.

Gabriel.