sexta-feira, outubro 13, 2006

Sun Tzu x Maquiavel

Kim Jong-Il pratica a milenar Arte da Guerra de Sun Tzu. Esperou as reações às aventuras de líderes estudantis iranianos e latino-americanos e escolheu um momento preciso para fazer seu marketing. Um pouco de endomarketing, para a auto-estima das tropas do "Comandante Supremo da Luta contra o Imperialismo", um pouco de propaganda, para os clientes terroristas de sua indústria bélica, e uma tentativa de pedir algo ao mundo civilizado, talvez um financiamento em dólares, em troca de mais um período de sinistro silêncio oriental. Movimentos calculados para vencer sem combate.

Além do Taoísmo de Sun Tzu, a manobra nos faz entender o Zen-budismo de koans do tipo "quanto mais forte, mais fraco". No caso da Coréia do Norte, precisa parecer forte, porque é fraca. No caso dos EUA, feito Alexandre, o Grande, estão fracos porque suas forças estão espalhadas em diversas frentes de batalha pelo mundo.

Ainda assim, do lado de cá, alguém vai pensar seriamente na resposta militar. Passemos então a simular como pensaria quem tem o poder de decidir. Se não for por motivos humanistas ou cristãos, que seja priorizada a diplomacia por motivos estratégicos. Para Maquiavel, são condições que fazem valer uma conquista pelas armas:

1. Os homens gostam de mudar de senhor, se com isso puderem melhorar;
2. Tornar aliados os vizinhos mais fracos e defendê-los sem lhes aumentar o poder;
3. É sempre necessário o apoio dos habitantes , em alguma medida, para entrar em uma província;
4. Deve-se exterminar a família do antigo Príncipe, para que se conserve a conquista;
5. É preciso manter leis e impostos;
6. Residir no local conquistado;
6. Fundar colônias é melhor do que manter tropas.

Analise cada ponto você mesmo. E comente, é claro. Faz pensar sobre o Iraque, não é? Mas de volta à Coréia do Norte, mesmo que os itens 1 e 2 advoguem a favor, todos os demais vão contra uma eventual invasão.

Parece que se consolida uma vitória diplomática para George W. Bush. Ele se fortalece ao liderar uma importante reação, ao lado do Japão e da China, através das Nações Unidas, revertendo a ameaça em uma oportunidade de melhorar um pouco sua imagem diante da opinião pública internacional.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, meu querido. Pelo jeito a era Lula ficará mais 4 aninhos no poder. 57% contra 43% do Alckmin.

Phodeu...

Abs

Alexandre

Gabriel Filártiga disse...

Fala Alexandre!
Pelo visto ele vai ficar quanto tempo quiser...
Grande abraço,
Gabriel.