quinta-feira, julho 27, 2006

A cidade visível

Para Marila. Segunda parte.

O economista peruano Hernando de Soto estimou que a formalização de títulos de propriedade para os habitantes de favelas e ocupações irregulares transformaria o que ele chama de ''capital morto'' em uma injeção de nada menos que US$ 9,3 trilhões na economia mundial. Fundador do Instituto Liberdade e Democracia, o economista já foi cotado para o prêmio Nobel, e defende a tese de que o reconhecimento da propriedade é o caminho para que os países menos desenvolvidos tenham acesso aos benefícios do “clube privado” do capitalismo ocidental.

A propriedade é anterior à lei e à própria formação da sociedade política. Ao ser formalizada através de um título, torna-se um convite ao cidadão, dando acesso ao crédito para empreender seus negócios e reencontrar a dignidade do trabalho formal. Em troca, exige respeito. Uma troca justa.

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