sábado, maio 12, 2007

A Escola de Atenas

Platão ou Aristóteles? Deixa pra lá, vamos suspender o juízo... Como vai o mengão?

Richard Popkin, na História do Ceticismo de Erasmo a Spinoza, escreve sobre duas concepções de ceticismo: acadêmico e pirrônico. Nascido na Academia grega (300 a.C.), o primeiro defendia que nada se pode conhecer. O segundo, com referências a Pirro de Élis (360 a 275 a.C.), voltou ao debate com a tradução dos textos de Sexto Empírico, no século XVI. Sua pretensão é opor diferentes dogmas em julgamento, até que seja necessária a suspensão do juízo. Seus seguidores alegam que o ceticismo acadêmico é tão dogmático quanto qualquer outra filosofia, porque não coloca em dúvida seus próprios argumentos.

É muito raro, mas de vez em quando aparece um suposto filósofo, por igual supostamente cético. Em geral, bem menos investigatório que nos idos parágrafos, precipitado na suspensão do debate, descompromissado com a ética, enquanto prefere não escolher. Quando o Papa Bento XVI defende sacramentos e virtudes cristãs em seus discursos, o iluminado cético da atualidade fica apavorado com a “dureza” de suas palavras, espera que a Igreja seja mais “flexível” e ridiculariza seus dogmas “arcaicos” religiosos. Esquece ele, entretanto, que a filosofia também é um conflito de crenças e dogmas, que escoram e movem o mundo. Se todos virarem céticos, o mundo pára e desaba.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sou cético convicto, porém amante do mar, uma beleza de uma energia inexplicável.
Besos en las madres:
1)Su madre
2)Sua esposa (madre)
3)Sua hermana (madre)

Gabriel Filártiga disse...

Mr. Gracia,
agradeço a gentileza.
Beijos aos familiares.
Gabriel Filártiga.