terça-feira, agosto 12, 2008

Concluindo aquele assunto...

Tocqueville, Max Weber e Schumpeter pertencem a um período no qual o pensamento político abandona seus fundamentos metafísicos, adota como método de investigação o empirismo, e vive uma convergência realista. Contrários ao determinismo, estes autores observam a história como um conjunto de probabilidades, influenciado pelos acidentes e pela ação humana.

Os três autores destacam a importância das instituições humanas presentes na cultura, tais como as crenças, hábitos e costumes. Enquanto Tocqueville e Weber desenvolvem suas sociologias da religião, explicando de que forma a religião fundamenta a economia e a política na sociedade, Schumpeter desconfia da racionalidade como meio para a resolução do dissenso político.

Max Weber é destacado como pensador político, dentre outros aspectos, pelo seu método de investigação. Mas vale observar, sem perder de vista a grande contribuição de Weber, que já havia em Tocqueville uma abordagem da democracia como tipo ideal. Da mesma forma, se Schumpeter é lembrado por ter redefinido o conceito de democracia, estão no realismo de Weber os elementos de sua fórmula.

Tocqueville se preocupa com a marcha do princípio democrático sobre o aristocrático, Weber com o desencantamento do mundo provocado pela racionalidade, e Schumpeter com o advento do Socialismo. É a partir dessas transformações, que observam no mundo em que vivem, que esses pensadores desenvolvem suas teorias políticas. Por outro lado, as suas teorias políticas influenciam as transformações que observamos no mundo em que vivemos. Cabe aos pensadores políticos de hoje a formulação das teorias que influenciarão as próximas transformações.

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