quarta-feira, novembro 14, 2007

¡Lo cortés no quita lo valiente!

A frase que ficou famosa na Câmara Ibero-americana foi a do Rei Juan Carlos. De certa forma aquela atitude reuniu os desejos de diversos povos que, por acreditarem na Democracia, no Estado de Direito e nas liberdades individuais, sentiram-se representados pelo monarca. Constituiu-se, ali, um corpo político baseado em princípios, com um verniz de capa e espada como há muito não vemos. Chávez, preciso repetir, ¿por qué no te callas?

Mas a frase que melhor traduziu o momento foi a mensagem de agradecimento do ex-presidente del gobierno Aznar ao seu rival político e ideológico, o presidente Zapatero:
"- ¡Lo cortés no quita lo valiente!"

José Luis Rodríguez Zapatero defendeu as instituições espanholas, a despeito de suas divergências políticas com Aznar, ensinando como deve se comportar um representante eleito. Objetivo, exigiu respeito, rechaçou o galhofeiro e uniu a nação espanhola. Não se tratou de uma disputa de interesses econômicos, de imperialismos ou de conflitos centro-periferia. Foi um episódio ocorrido no campo das idéias, dos princípios. Não há materialismo histórico-dialético para isto.

Zapatero foi a prudência, a implacabilidade institucional. O Rei Juan Carlos foi a coragem, a honradez monárquica. Da metáfora do Príncipe como lugar do poder, a figura do Rei como lugar dos princípios.

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